sexta-feira, 8 de abril de 2011

Gaeco investiga denúncia de desvio de droga na delegacia de Ponta Grossa

O Grupo Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Paraná e a Corregedoria da Polícia Civil investigam o desvio de 15 quilos dos 21,3 quilos de crack apreendidos em março do ano passado e que estavam guardados em uma sala da 13ª Subdivisão Policial de Ponta Grossa, nos Campos Gerais. A droga teria sido substituída por parafina – uma substância parecida com uma cera branca que é usada principalmente para a fabricação de velas.
Após o recebimento da denúncia, promotores de Ponta Grossa e o coordenador do Gaeco, Leonir Batisti, foram à delegacia na tarde de quarta-feira (6). Segundo a delegada da 13ª Subdivisão Policial, Valéria Padovani, parte do material suspeito foi coletada e encaminhada para perícia. “A olho nu não é possível dizer qual é a substância. Eu repassei a denúncia à Corregedoria e agora cabe a eles o trabalho de investigação”, informou a delegada.
Batisti acrescentou que a investigação vai apontar quem é o responsável ou os responsáveis pelo desvio e qual foi a destinação da droga. “É um fato gravíssimo e os responsáveis vão responder a processo penal por tráfico de drogas, possivelmente”, adiantou. A Secretaria Estadual de Segurança Pública não deu uma informação oficial. A Corregedoria afirmou que não tem uma posição oficial sobre o assunto.
O crack foi apreendido em 11 de março do ano passado na rodovia BR-376 e estava escondido na lateral de um Audi que vinha de Foz do Iguaçu, Oeste do estado, e foi parado em uma barreira policial após denúncias anônimas do tráfico de drogas que foram feitas à Divisão Estadual de Narcóticos (Denarc). Dois homens foram presos na ocasião. Os 21,3 quilos da droga seriam suficientes para confeccionar 110 mil pedras de crack.
A delegada de Ponta Grossa confirmou que a droga apreendida pela polícia de toda a região fica armazenada numa sala especial da 13ª Subdivisão até a autorização judicial para a incineração. Nesse caso, informa Valéria, há um pedido de incineração feito em outubro do ano passado, mas que ainda aguarda a resposta judicial. Ela não informou a quantidade de droga armazenada na delegacia.

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