segunda-feira, 11 de abril de 2011

Oposição precisa se reinventar para ser alternativa ao PT

Sem poder e sem rumo. É assim que os especialistas veem hoje a situação dos partidos de oposição no Brasil. Há mais de oito anos fora do Palácio do Planalto, o PSDB ainda não encontrou o discurso a adotar e vê José Serra e Aécio Neves numa queda de braço pela liderança da legenda. O DEM, que sempre viveu à sombra dos tucanos, perdeu há alguns dias o seu maior expoente, o prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, que ainda levou consigo vários companheiros de partido para o recém-fundado PSD. Tido como uma terceira via, o PV corre o risco de perder Marina Silva, segundo ela, por não democratizar o poder dentro do partido. Diante desse cenário (veja quadro ao lado), especialistas ouvidos pela Gazeta do Povo defendem que a oposição se realinhe e defina sua estratégia programática. Dessa forma, deixará claro ao eleitorado quais são suas bandeiras e vai impedir que o poder interno permaneça nas mãos de alguns poucos filiados.
A crise pela qual passa a oposição, em especial o PSDB, é tão evidente que o tema foi abordado na edição desta semana da revista norte-americana The Economist. “O PT, partido de Lula, construiu uma organização poderosa quando estava na oposição. O PSDB, ao contrário, está cada vez mais fraco. Também ao contrário do PT, o PSDB sempre foi mais um clube de tecnocratas brilhantes do que uma organização de massas”, diz a publicação. A revista trata ainda da disputa por poder entre Serra e Aécio e afirma que “tão prejudicial quanto a profusão de pretensos líderes no PSDB é a falta de um programa distinto”. Por fim, a The Economist alerta para o fato de os tucanos terem perdido votos entre os jovens e a classe média para Marina Silva na eleição do ano passado.

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