O delegado-chefe da PF em Foz do Iguaçu, José Alberto Iegas, diz que o confronto está sendo investigado no lado brasileiro e no paraguaio. No Brasil, um inquérito foi instaurado pela PF para apurar os fatos, relatados por agentes da Delegacia de Polícia Marítima (Depom).
Em reunião na última segunda-feira, Iegas e o delegado da PF em Guaíra, Ricardo Cubas, comunicaram oficialmente o fato à Marinha do Paraguai. Segundo os delegados, os paraguaios se prontificaram a conhecer melhor as embarcações da PF e os agentes, além de manter um contato mais próximo para efetivar trabalhos conjuntos. “Estabelecemos reuniões periódicas para tratar do assunto e aprimorar a colaboração e integração ”, diz Iegas.
Conforme a versão apresentada pelos policiais brasileiros à chefia da PF, a troca de tiros ocorreu depois que dois agentes abordaram, no lado brasileiro, um barco que carregava pneus. Logo após a interceptação da embarcação, os agentes do Depom foram recebidos a tiros por homens que estavam em um barco com característica da Marinha do Paraguai. Os brasileiros revidaram e, como a munição não foi suficiente, retornaram à base em Guaíra. Ao mesmo tempo, o barco que levava os pneus retornou ao lado paraguaio escoltado pela suposta embarcação da Marinha. Os policiais brasileiros ainda disseram que os paraguaios que atiraram usavam roupas camufladas, semelhantes às adotadas por oficiais da Marinha.
Além de afirmar que os brasileiros invadiram a área de fiscalização paraguaia, a Marinha do país vizinho informou à PF que não há embarcações com as características relatadas pelos policiais brasileiros.
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