Marcelo Stoco, o homem apontado pela polícia como um dos traficantes de drogas mais perigosos da região de Curitiba, está de volta às ruas. Ele e mais 23 pessoas, suspeitas de integrar sua quadrilha, foram beneficiados pelos quase intermináveis obstáculos burocráticos da Justiça brasileira. Além da lentidão judicial, ocasionando o excesso de prazo no processo, uma indecisão das Justiças estadual e federal na hora de receber a denúncia fez com que os desembargadores da 4.ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Paraná (TJ-PR) tivessem de conceder a liberdade a eles. Stoco e mais metade dos envolvidos foram soltos em dezembro. Os outros só teriam permanecido detidos devido a outras acusações. Hoje, o caso está com a Justiça Federal, que ainda não aceitou a denúncia.
Não foi a primeira vez que suspeitos considerados perigosos acabaram em liberdade por causa da lentidão da Justiça. Em setembro do ano passado, 43 acusados de serem traficantes pertencentes à facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC) foram soltos pelo mesmo motivo. Em 2006, no rumoroso caso de assassinatos de mulheres em Almirante Tamandaré, na região metropolitana de Curitiba, os policiais suspeitos dos crimes também foram colocados em liberdade por motivo semelhante.
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