quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Empurra-empurra leva suspeitos à liberdade

Marcelo Stoco, o homem apontado pela polícia como um dos traficantes de drogas mais perigosos da região de Curitiba, está de volta às ruas. Ele e mais 23 pessoas, suspeitas de integrar sua quadrilha, foram beneficiados pelos quase intermináveis obstáculos burocráticos da Justiça brasileira. Além da lentidão judicial, ocasionando o excesso de prazo no processo, uma indecisão das Justiças estadual e federal na hora de receber a denúncia fez com que os desembargadores da 4.ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Paraná (TJ-PR) tivessem de conceder a liberdade a eles. Stoco e mais metade dos envolvidos foram soltos em dezembro. Os outros só teriam permanecido detidos devido a outras acusações. Hoje, o caso está com a Justiça Federal, que ainda não aceitou a denúncia.
Não foi a primeira vez que suspeitos considerados perigosos acabaram em liberdade por causa da lentidão da Justiça. Em setembro do ano passado, 43 acusados de serem traficantes pertencentes à facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC) foram soltos pelo mesmo motivo. Em 2006, no rumoroso caso de assassinatos de mulheres em Almi­­rante Tamandaré, na região metropolitana de Curitiba, os policiais suspeitos dos crimes também foram colocados em liberdade por motivo semelhante.

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