quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011
Cerca de 40 médicos de Ivaiporã não vão mais atender pacientes conveniados
Já ganhou destaque na imprensa Estadual, a matéria de Ivaiporã, onde Médicos romperam os contratos com operadoras de plano de saúde nesta semana. Anunciada ontem, a decisão foi tomada pelos 40 profissionais da associação médica da cidade, que vão atender clientes das empresas por apenas mais dois meses, conforme determina legislação federal. A decisão conjunta dos médicos no município de 30 mil habitantes faz parte da pressão em todo o estado por aumento da remuneração pega pelas operadoras. Segundo o presidente da Associação Médica do Paraná (AMP), José Fernando Macedo, o descredenciamento em massa pode se repetir em cidades como Francisco Beltrão e Pato Branco, no Sudoeste do estado, e Guarapuava, no Centro-Sul. “Não dá para manter consultório, com todas as despesas, com o que pagam os planos de saúde. Os valores são muito baixos”, defende. Segundo cálculos da AMP, o valor médio pago pelos planos aos médicos do estado é de R$ 42. Descontadas as despesas com material, limpeza e impostos, o profissional receberia apenas R$ 5,33. Segundo a Associação, mesmo com negociação frequente, os valores estariam sem reajuste há dez anos. O geriatra João Carlos Baracho diz que decidiu se descredenciar dos planos há mais de dez anos. “Foi uma decisão pessoal. As operadoras não valorizam nosso trabalho”, diz. Segundo ele, ser vinculado a um plano deixa a agenda lotada e causa prejuízos ao paciente. “Há médicos que acabam priorizando pacientes particulares, aí o do convênio acaba não tendo espaço na agenda”, diz. Segundo ele, alguns médicos passam ainda a trabalhar turnos adicionais para compensar a baixa remuneração dos planos
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