Menos de 11% dos eleitores curitibanos dizem achar justo que os ex-governadores recebam aposentadorias especiais após o encerramento de seus mandatos. No entanto, mais da metade (53%) aceitariam receber o benefício caso tivessem direito ou ao menos cogitariam aceitá-lo. Para especialistas, a contradição mostra uma sociedade que tem dois pesos e duas medidas: o mesmo ato é julgado de duas maneiras diferentes, dependendo de quem é o beneficiado na situação.
As respostas dos eleitores foram dadas ao Instituto Paraná Pesquisas, em levantamento de opinião encomendado pela Gazeta do Povo. Foram ouvidas 508 pessoas na capital entre os dias 27 e 29 de janeiro, depois que a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) iniciou uma onda de protestos públicos contra o benefício dado a ex-governadores de 17 estados que pagam as pensões vitalícias. No Paraná, nove ex-governadores e quatro viúvas de ex-chefes do Executivo estadual recebem R$ 24,8 mil mensais da pensão especial. Por considerar o pagamento ilegal, a OAB está entrando com ações no Supremo Tribunal Federal (STF) para derrubar o benefício em todo o país.
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