A pedido de Valdir Rossoni, PM entra no Legislativo para retirar seguranças que haviam sido demitidos. O grupo é acusado por deputados de fazer ameaças constantes aos parlamentares e de ser um braço de Bibinho na Casa.
Em uma operação histórica, a Polícia Militar (PM) ocupou ontem de madrugada a sede da Assembleia Legislativa do Paraná para expulsar o que deputados chamaram de “poder paralelo” que se instalou na Casa. Segundo relatos de parlamentares, um grupo de cerca de 50 seguranças, demitidos pelo novo presidente da Assembleia, Valdir Rossoni (PSDB), fazia ameaças constantes aos deputados e a funcionários – até com armas – para obter vantagens. Eles teriam controle sobre contratações de terceirizados e fariam cobranças indevidas, como a de estacionamento. Durante a ocupação, que durou o dia inteiro, a PM descobriu até mesmo um revólver e munição dentro da sala da vigilância. “Eles [os seguranças] mandavam mais que os deputados”, justificou o recém-empossado presidente do Legislativo estadual, Valdir Rossoni (PSDB), ao solicitar ao governador Beto Richa (PSDB) o auxílio policial.
Esses seguranças, de acordo com parlamentares ouvidos pela reportagem, constituiriam ainda uma espécie de braço do ex-diretor-geral da Assembleia Abib Miguel, o Bibinho, acusado pelo Ministério Público Estadual (MP) de ser o chefe de uma quadrilha que desviou pelo menos R$ 100 milhões dos cofres do Legislativo.
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