segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

"O Discurso do Rei" é o grande vencedor do Oscar 2011

Não houve grandes surpresas. Em uma cerimônia tépida, sem momentos inesquecíveis, o drama britânico O Discurso do Rei, de Tom Hooper, foi o vencedor do Oscar 2011, na cerimônia que aconteceu no domingo (27), em Los Angeles, Estados Unidos. Ganhou quatro estatuetas, nas categorias de melhor filme, direção, roteiro original e ator, para Colin Firth.
Embora a produção, indicada em 12 categorias, fosse favorita ao prêmio da Academia, acreditava-se que seu maior rival, A Rede Social, daria o Oscar de melhor diretor ao norte-americano David Fincher, mas Tom Hooper, um cineasta menos experiente, oriundo da televisão, acabou levando a melhor. Teve de se contentar com os prêmios de melhor roteiro adaptado, edição e trilha sonora. Foi superado em número de estatuetas por A Origem, premiado nas categorias técnicas de melhor fotografia, efeitos visuais, edição de som e mixagem de som.
A vitória de "O Discurso do Rei", mais convencional do que o longa-metragem de Fincher, era prevista – e por vários motivos. O filme conta uma história real e edificante: a de como o rei George VI, da Inglaterra, superou a gagueira com a ajuda de um terapeuta da fala australiano, e exerceu papel fundamental como líder nacional durante a Segunda Guerra Mundial.
Mais tradicional na narrativa, porém repleto de qualidades artísticas e técnicas, do elenco, magistral, à direção de arte e figurino, "O Discurso do Rei" venceu por ter um perfil mais palatável ao grande público.
Nas categorias de interpretação, além de Colin Firth, premiado por seu antológico desempenho como George VI, Natalie Portman confirmou seu favoritismo e deu a Cisne Negro a única estatueta do filme. Venceu o merecido Oscar de melhor atriz por sua grande atuação como a perturbada e dilacerada bailarina clássica do longa de Darren Aronofsky.
Ambos por O Vencedor, Christian Bale e Melissa Leo venceram nas categorias de melhores coadjuvantes.
Documentário
Único representante do Brasil no Oscar, o documentário Lixo Extraordinário, codirigido pela britânica Lucy Walker e pelos brasileiros João Jardim e Karen Harley, perdeu para Trabalho Interno, filme de Charles Ferguson narrado por Matt Damon

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