O clima põe em xeque a expectativa de aumento na produtividade, relata. Nos 136 mil hectares cultivados pelos cooperados da Batavo, a soja, cuja colheita ainda não começou, tende a passar de 3,2 mil para 3,4 mil quilos e o milho, de 9,7 mil para 10 mil quilos por hectare.
A pressa para a retirada de milho está relacionada à previsão de que a colheita da soja será concentrada num período de 35 dias. Os produtores tentam adiantar trabalho também para cumprir contratos de venda antecipada. É o que ocorre na fazenda Capão Grande, de Ponta Grossa, que nesta safra dedica 665 hectares à soja e 355 ao cereal.
A colheita teve de ser reduzida a cinco horas ao dia, metade do tempo de trabalho de épocas em que o clima se mostra mais seco. “A umidade está entre 29% e 31%. Temos de parar mais cedo porque a estrutura de secagem está sobrecarregada”, afirma o administrador da fazenda, Luiz Fernando Mattos. A potência das colheitadeiras e o aumento da produtividade colaboram para tornar a estrutura de secagem pequena, pondera. A expectativa é de que o quadro se normalize nas próximas semanas e o problema seja superado, com rendimento de 11,5 mil quilos por hectare – 1 mil a mais do que ano passado. Na soja, a produtividade prevista é de 3,6 mil quilos por hectare – 100 a mais que no verão de 2010.
O porcentual de umidade contrasta com o registrado pela Expedição Safra na última colheita de milho nos Estados Unidos. O clima ajudou os produtores norte-americanos, que puderam remeter boa parte das mais de 300 milhões de toneladas do cereal direto para a China. Eles relataram índices de umidade de 13%.
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