O governador Beto Richa recebeu ontem dirigentes de federações e outras entidades empresariais, que manifestaram preocupação com a elevação do salário mínimo regional do Paraná, hoje em R$ 663. Richa disse que a decisão em relação ao índice de reajuste ainda não está tomada e que será estudada uma forma de atender de forma equilibrada as duas partes: as necessidades e anseios dos trabalhadores e aquilo que os empresários possam cumprir, de forma a não enfraquecer a economia local.
“Procuramos afinar o relacionamento com o Governo do Estado para questões relativas à promoção do desenvolvimento e geração de renda”, afirma Hélio Bampi, vice-presidente da Federação das Indústrias do Paraná (Fiep). “O salário mínimo regional do Paraná tem subido mais do que a produtividade da indústria e do comércio, o que compromete a competitividade das empresas frente aos produtos importados, como os chineses, e também no contexto da guerra fiscal entre estados,”, explicou.
Para os empresários, a justificativa é que um salário demasiado alto pode gerar desemprego e incentivar o aumento dos empregos informais. “Num bom entendimento, que é o papel do governante, chamaremos as partes interessadas para o diálogo, e certamente vamos chegar a um denominador comum, que é possível”, disse o governador.
Outra preocupação é que o porcentual de reajuste adotado pelo governo para o mínimo regional é usado para balizar as negociações e acordos coletivos.
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